A Terra Pura (Alan Spence)

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Livro: A Terra Pura

Autor: Alan Spencer

Nº de páginas: 400

Editora: Nova Fronteira

Série/Saga: -

Comprei esse livro por curiosidade, não sabia o que iria encontrar, mas havia gostado da capa e da sinopse, e então resolvi ver o que a obra tinha a oferecer, e de uma coisa agora tenho certeza, ela tem muito a oferecer.

Primeiramente somos levados a Escócia, terra do protagonista, Thomas Glover, um rapaz decidido e com grandes sonhos, ele trabalha em um pequeno escritório, mas sua vida muda quando ele recebe uma carta da empresa Jardine Mathieson, uma das maiores do mundo, essa é uma chance única na vida, e ele não está disposto à deixa - lá passar.

Seu novo emprego será no Japão, e é pra lá que ele parte, com certo receio, não estamos falando de um Japão poderoso como o que vemos atualmente, mas o do século XIX, que mal havia exterminado suas raízes feudais, e onde os estrangeiros eram tratados com extrema adversidade, e até violência, os gaijins (estrangeiros) não eram bem vindos.

Mas o jovem Glover não estava disposto a recuar de sua decisão, e então ele começa a desempenhar suas funções no escritório da Jardine, de súbito ele já faz alguns amigos, e com o passar do tempo decide a abrir seu próprio negócio.

Tom é um rapaz audaz, e vai comercializar, simplesmente, tudo que der lucro, seu objetivo é ganhar.

Após 10 anos de sua chegada ao Japão, Glover se tornou um dos homens mais importantes desse país, e nos conheceremos sua jornada, desde batalhas a seus passeios as casas de meretrício, bem como seus amores, suas vitórias e derrotas.

Gostei muito do livro, a obra é de uma sensibilidade estonteante, durante a leitura poderia jurar que Thomas Glover, realmente, existiu, dada a humanidade que o autor foi capaz de contemplar o personagem, mas para minha surpresa ele foi sim uma pessoa real.

Sem dúvida é uma obra que merece atenção, uma verdadeira aula sobre o Japão do século XIX, um passeio pela cultura e costumes desse fascinante país. Aqueles que apreciam história irão apreciar muito essa obra (eu!), mas também aqueles que apreciam uma narrativa um tanto detalhada, sensível e atraente.

Creio que em certos momentos o autor peca por ser demasiado descritivo, prolixo, mas com certeza essa é uma obra que merece ser apreciada.