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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tempo de Matar ( John Grisham)

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O título desse livro foi à primeira coisa que me chamou a atenção, a sinopse me deixou intrigado, então decidi lê-lo, e posso concluir sem dúvida que sendo a primeira obra escrita pelo autor, ele fez um excelente trabalho.

Mississipi, cidade de Ford Country, sul dos Estados Unidos, racista, década de 80, os Harley eram uma família negra normal, mas tudo muda quando Tônia, uma menina de 10 anos que estava a caminho do armazém a pedido da mãe é seqüestrada por dois indivíduos brancos, Billy Ray e Willard, e brutalmente espancada e estuprada por ambos.

  
Willard perguntou se Cobb achava que ela estava morta. Abrindo outra lata, Cobb explicou que não estava porque geralmente não era possível matar um crioulo com pontapés, pancadas ou estupro. Era preciso mais para se acabar com eles, uma faca, um revolver ou uma corda. 
página 13

Por fim eles tentam matá-la e a deixam jogada a beira da estrada, só que ela é socorrida e levada ao hospital, ela vai sobreviver só que as seqüelas serão enormes.

Carl Lee Harley, é o pai de Tônia, um homem trabalhador, que vê sua vida ir abaixo depois do ocorrido com sua filha, e ele não vai descansar até obter vingança.

Os dois bandidos foram presos, quando estavam se vangloriando do seu ato em um bar, e estão prestes a ir a julgamento, só que Carl Lee, não os deixará impune de sua justiça de pai, ele calculadamente planeja o assassinato dos dois, e cumpri sua justiça.

Nessa época o máximo que aconteceria seria ele ir a júri popular e conseguir tranquilamente uma absolvição, contudo ele é negro, e matou dois homens brancos, ele está no sul dos Estados Unidos, um lugar extremante racista, intolerante, que ainda considera os negros um problema.

“Se fosse branco e matasse dois negros que violentaram sua filha, o júri daria a ele o prédio do tribunal.” Página 257


Para a defesa desse caso praticamente perdido, temos o jovem e competente advogado, Jake Brigance, que esta disposto a defender a causa de Carl Lee, só que ele sabe que uma absolvição é improvável, e seu cliente está fadado a câmara de gás, mas ele também não esta propenso a dar o braço a torcer.

As opiniões por todo o país de dividem, Carl Lee, é o herói da comunidade negra, um símbolo do movimento, e eles vão lutar por seu ídolo, mas os brancos estão insatisfeitos, afinal dois dos seus foram mortos, a menina afinal era negra.

O advogado passa a ocupar o centro das atenções, ele luta de todas as formas para poder inocentar seu cliente, só que ser advogado de um negro em tais circunstâncias e arriscado, e ele e sua família podem estar correndo risco de vida.

Uma trama pesada, polêmica, difícil, é esta a abordagem feita por John Grisham, e ele conseguiu prender minha atenção até o final do livro, mesmo com um final um tanto previsível, ou não, ele da um tom atraente a obra.

Eu me vi chocado, enfurecido, estarrecido, incoformado, uma confusão de sentimentos, o livro é muito bom, os personagens são interessantes, o racismo e a intolerância  são o centro das atenções.

Se você deseja uma trama diferente, atraente,  polêmica, não deixe de ler Tempo de Matar.



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4 comments

27 de abril de 2011 às 21:29

Olá!

Gostei da maioria da resenha, porém gostaria de fazer uma crítica (construtiva, é claro).
Neste trecho: "mesmo com um final um tanto previsível, ou não, ele da um tom atraente a obra (...)". A sua opinião é clara, mas eu aconselharia a dizer somente uma das duas informações. Se o final é previsível, não coloque esse "ou não" que desestabiliza toda a sua linha lógica.
Sem mais, me despeço.

Abraços!

28 de abril de 2011 às 10:00

Olá Ana.

Criticas são sempre bem vindas, mas a minha intenção no trecho: "mesmo com um final um tanto previsível, ou não, ele da um tom atraente a obra (...)", é pelo fato de que em alguns momentos ele consegue deixar o leitor cético sobre o verdadeiro final, então meu objetivo foi ser realmente dualista nesse trecho.

Agradeço a visita!

28 de abril de 2011 às 17:32

Apesar de tratar de uma temática forte, eu gosto de livros desse estilo.

Querendo ou não o preconceito ainda é muito forte hoje em dia. E acho uma hipocrisia tremenda as pessoas que fazem vista grossa diante dessa situação.

É muito bom saber que tem muito autor que se preocupa com o assunto e aplicam em seus livros. Com certeza quem lê, vai refletir muito sobre o preconceito.

Quero ler esse livro. Parabéns pela resenha!

Beijinhos,

Ler e Almejar

Anônimo
28 de abril de 2011 às 22:37

Eu nunca tinha ouvido falar neste livro, mas toda essa trama (que parece ser muito bem feita por sinal) me deixou um tanto quanto intrigado para conhecer mais a estória. A capa não é das melhores, é até um pouco sombria, sei lá, mas eu gostaria de ler porque mistura meio que uma realidade nossa com ficção... Gostei muito da resenha, abraços.

@minha_estante - Minha Estante