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segunda-feira, 20 de maio de 2013

O Reino (Clive Cussler e Grant Blackwood)

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Livro: O Reino 
Autor: Clive Cussler e Grant Blackwood
Nº de páginas:336
Editora: Novo Conceito
Série/Saga: Os Fargo 
Nota: 3,5/5








Clive Cussler conquistou minha atenção quando tive a oportunidade de ler “O Espião”, aventura investigativa em que ele apresenta o detetive Isaac Bell. Dada à qualidade deste livro aguardei com algum interesse pela publicação de seus outros livros. Eis que me vejo diante da oportunidade de conhecer outra série do autor, com novos personagens e ambientação, me refiro ao livro O Reino e do casal Fargo.

Sam Fargo e Rami Fargo são cosmopolitas por excelência, O Sr. Fargo é engenheiro, enquanto sua Sra. é historiadora e arqueóloga. São famosos pelo fato de serem considerados caçadores de tesouros – competentes, diga-se de passagem.

E as competências do casal Fargo são solicitadas por um figurão, Charles King., após serem descobertos em uma localidade erma por uma oriental intimidadora, Zhilan Hsu.  A questão para essa convocação envolve o desaparecimento de um amigo dos Fargo, Frank Alton, a serviço do Sr. King em uma localidade isolada no interior do leste asiático.

Frank Alto estava na cidade de Katmandu, Nepal, a procura de informações sobre o desaparecimento do pai do Sr. King, até que ele desapareceu e não houve mais notícias sobre seu paradeiro. Com isso, Sam e Remi não pestanejam em aceitar a missão e vão a Katmandu em busca do amigo.

Mas o que começa como uma simples missão para encontrar Alton se desdobra em ocorrência bem mais, digamos....tempestuosa. Sam e Remi não são simplórios caçadores de tesouros, eles possuem também um grupo muito bem equipado e preparado para auxiliá-los tanto em suas empreitadas quanto para desvendar informações sigilosas. É então que logo eles se descobrem envoltos em uma série de acontecimentos que transformam sua viagem em uma caçada desesperada por antigas relíquias, e viagens por lugares ermos e perigosos tendo no encalço elementos pouco interessadas em seu êxito. Porém, outros se juntam em prol de tornar as aventuras desse casal um exercício menos complexo do que o é naturalmente. 

Com “O Reino”, Clive Cussler se mostrou um autor versátil. Primeiro não pude deixar de confrontar as aventuras dos Fargo com as de Issac. Não é possível traçar muitos paralelos entre as séries. Há tanto uma mudança contextual, quanto uma de orientação. A aventura dos Fargo é permeado por uma riqueza arqueológico com a qual não havia tido contado, algo bem no estilo Indiana Jones.

A narrativa é um ponto positivo em Cussler, ele é capaz de levar o autor por seu enredo sem que o interesse se perca no percurso. Quanto aos personagens, uma boa caracterização é feita, Sam e Remi são um casal peculiar; mesmo depois de passar por situações espinhosas eles encontram lugar para um pouco de romantismo. A disposição e o espírito aventureiro são outro traço. 

Quanto ao final, não posso me dizer totalmente satisfeito, me resta à impressão de que faltou algo, e de que algumas coisas deveriam ter sido solucionadas de forma diferente.
É justo dizer que os Frago são também uma experiência válida. Se aventura for o objetivo, certamente, ela poderá ser encontrada em “O Reino”. 





sexta-feira, 15 de março de 2013

A Aprendiz (Trudi Canavan)

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Livro: A Aprendiz
Autor: Trudi Canavan
Nº de páginas: 544
Editora: Novo Conceito
Série/Saga:  Trilogia do Mago Negro #2
Nota: 4/5








O gênero fantástico é um campo literário no qual me sinto muito bem localizado. Os livros desse gênero, via de regra, oferecem ao leitor possibilidades de viajar por um mundo não apenas diferente, mas inédito. Essa potencialidade da qual os autores podem se aventurar é também um terreno de relevo irregular: a exploração de um mundo singular pode ser determinante para o sucesso ou fracasso da obra.

Canavan é um caso de sucesso. O mundo que ela projetou que nós é primeiramente apresentado em “O Clã dos Magos”, primeiro volume da trilogia, ganha expansão em “A Aprendiz”.

Após os tumultuados acontecimentos que transcorreram no primeiro livro, as coisas se assentam. Se não se pode contemplar a mesma corrida em busca de uma maga com poderes fora do controle pelos recônditos de uma favela inóspita, como fomos levados em O Clã dos Magos, somos lançados a um panorama diferente, mas não menos fascinante.

Sonea depois de passar alguns meses no clã parece ter finalmente conseguido acreditar em seu tutor, Rothen. A relação entre os dois passou a um nível de afeto expressivo. Sonea é uma aprendiz com grande potencial, mas que é limitada pelo preconceito devido a suas origens.

A jovem maga agora tem novos desafios pela frente, sua iminente entrada na universidade é precedida por expectativas negativas, ela sabe que não será bem aceita em uma turma formada pela elite de Kyralia. Não bastassem suas expectativas pessimistas, elas logo se mostram justificáveis de uma maneira incômoda. Sonea se verá confrontada por uma figura menosprezável, Regin, o herdeiro de uma poderosa família Kyraliana. O jovem promove uma campanha difamatória e agressora para atingir e prejudicar Soena.

A impetuosidade da outrora corajosa e destemida Sonea é arrefecida por um ambiente não só diferente, mas muitas vezes adverso. Esses fatores levam a garota a encarar sua nova situação de uma maneira passível, traumas passados ainda a atormentam. Mesmo que ela se mostre de uma fibra e perseverança impressionantes.

Para endossar as coisas Akkarim, o Lorde Supremo, continua o senhor incontestável do clã, e uma aproximação de Sonea pode ocasionar uma vida ainda mais dramática para ela.

Enquanto isso Dannyl foi elevado a embaixador do clã e tem a missão de se dirigir a corte de Elyne. No entanto, sua tarefa é maior que a de um embaixador, uma missão de extrema importância lhe foi delegada e agora ele tem de percorrer as terras aliadas em busca das informações que lhe foram designadas.

Em “A Aprendiz” Canavan se superou. Se no livro anterior prevaleceu uma ação delongada, nesse volume a autora a substituiu por um desenvolvimento de personagens cuidadoso. Os personagens nesse livro consolidam a atenção do leitor. Canavan mostrou que mais que criar um mundo fantástico ela é também uma ótima contadora de histórias. A atuação de seus personagens não se apresenta de forma padrão. Sonea se vê temerosa e precavida diante de sua nova realidade. Dannyl tem uma missão importante e é confrontado com antigos dilemas. Akkarim se mostra uma figura impressionante e misteriosa, como se poderia esperar de um personagem em sua posição.

O elemento descritivo, que tanto valorizo nos livros desse gênero, também foi reforçado. O leitor é levado pelas terras aliadas em uma viagem por culturas e situações diferentes, curiosas e inusitadas.

Caso seja verdade que se tratando de trilogia, o segundo volume, é aquele que guarda os ingredientes essenciais e relevantes para o desfecho que se avizinha, Canavan conseguiu cumprir o objetivo.

Trilogia do Mago Negro:

O Clã dos Magos - Resenha
A Aprendiz
O Lorde Supremo


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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Assassin’s Creed – Renascença (Oliver Bowden)

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Livro: Renascença
Autor: Oliver Bowden
Nº de páginas: 378
Editora: Galera Recor
Série/Saga: Assassin’s Creed - 1
Nota: 4,5/5









Assassin’s Creed começou como uma série de jogos eletrônicos de ficção histórica e ação-aventura da Ubisoft, mas, devido ao sucesso, a franquia transpôs o mundo dos games, entre outros, chegou ao universo literário.

Assassin’s Creed – Renascença é a novelização do segundo volume dos games, realizada por Oliver Bowden.

Ezio Auditore é o filho do meio de uma proeminente família de banqueiros da cidade de Florença. Ezio é um jovem, de 17 anos, que conhece bem a cidade onde vive, impávido como o irmão mais velho, eles se aventuram pelos telhados e ruelas de Florença.

Mas, Florença é uma cidade ao mesmo tempo magnífica e perigosa, e os Auditore, são uma família em ascensão, e tem despertado o desafeto de outras famílias poderosas.

Em meio a esse cenário incerto, acontece algo fatídico, os Auditore são traídos, e agora os membros que restaram da família são caçados , e Ezio, um dos membros restante da família, tem uma missão, limpar o nome dos Auditore, e buscar vingança.

Contudo, Ezio irá descobrir que, existem segredos por trás da história de sua família, e que ele agora deve entrar nas fileiras de uma ordem secular, a Ordem dos Assassinos. Os Assassinos são treinados na arte de matar, mas matar a ordem a qual eles juraram destruir, uma batalha de organizações seculares entra em cena.

Oliver Bowden é o pseudônimo de Aton Gill, um conhecido historiador da renascença. E, a meu ver,  o cenário, a ambientação, é um dos principais trunfos do livro. Estamos falando do século XV, a Itália, não passa de uma região desagregada, formada por uma série de cidades-estados, muitas vezes hostis entre si. E o que poderia ser uma aula de história, para alguns, maçante, se torna uma aventura permeada por ação, Oliver soube explorar muito bem o ambiente sem tornar a trama enfadonha, ação é o que move esse livro.

Figuras de grande importância são exploradas pelo autor, Leonardo da Vinci, Nicolau Maquiavel, os Médici, os Bórgia e outros personagens de importância histórica.

Ezio é um jovem que a todo custo busca fazer justiça, mas em sua jornada ele descobrirá que sua missão vai muito além. Gostei do desenvolvimento do personagem, a trama cobre uma parte considerável da vida de Ezio, então é possível acompanhar seu desenvolvimento. E mesmo sendo uma obra com um número considerável de personagens o foco é em Ezio.

Enfim, Assassin’s Creed – Renascença é uma trama bem desenvolvida, a escrita é agradável, e apesar da agilidade é possível encontrar alguns momentos mais lentos.

Por fim, gostei bastante do livro, a escrita, a história, o cenário e a ação em alta dosagem fazem deste livro uma leitura mais que indicada. 



segunda-feira, 30 de julho de 2012

O Clã dos Magos (Trudi Canavan)

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Livro: O Clã dos Magos
Autor: Trudi Canavan
Nº de páginas: 448
Editora: Novo Conceito
Série/Saga: Trilogia do Mago Negro #1
Nota: 4/5
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O Clã dos Magos é o primeiro livro da Trilogia do Mago Negro, da autora, Trudi Canavan.

A cidade de Irmadim a muito tempo passa por um ritual de purificação, esse ritual ocorre  desde muito tempo atrás quando o Rei decidiu abrir a portas da cidade para abrigar os cidadãos devido a um acidente que ocorreu levando ao bloqueio parcial do sol, o que levou a uma queda drástica nas colheitas.

Mas durante os dias que se seguiram a esse acidente as pessoas pensando que o fim do mundo tinha chegado, o que aliado a uma cidade superpopulosa, levou ao início de uma série de crimes, levando a formação de gangues e aumento da criminalidade.

Para sanar o problema o Rei delegou ao Clã dos Magos a expulsão desses delatores, mas pessoas de bem também foram expulsas da cidade e formaram fora dos muros às favelas.

Depois de 30 anos desde a última purificação, que passou a ser uma medida recorrente, uma jovem que estava entre os manifestantes descontentes em ter de abandonar a cidade faz algo até então impensável, consumida pelo ódio ela atira uma pedra na barreira dos magos, algo que era feito por grande parte dos manifestantes, mas só que sua pedra teve a proeza de atravessar a barreira, quando ela e os magos constatam isso, ambos consternados o caos se instaura e essa jovem chamada Sonea, resolve fugir com medo da repreenda, e nessa fuga ela poderá contar com a ajuda de uma gangue de amigos.

Mas para o clã dos magos pior que ter sua barreira violada é saber que uma favelada com poderes mágicos fora do controle esta na favela colocando em risco sua vida e dos demais.
Se segue então uma busca alucinada por becos, túneis e pelas favelas com a participação da ilustre gangue dos ladrões, a “instituição” mais importante nas favelas.

Trudi Canavan tem em mãos uma trama muito interessante, seus personagens foram muito bem trabalhados, sua trama é original e ela criou um mundo só seu.

Irmadin é uma cidade entre outras que compõe a terra de Kyralia, após os expurgos a população formou uma grande favela ao redor da cidade, e é entre a favela e o clã dos magos que o leitor é levado nesse primeiro volume.

A narrativa é em terceira pessoa, gostei dessa forma de narrativa porque assim é possível conhecer tanto a visão dos magos que passam a “caçar” Sonea quanto à visão da garota em sua fuga desesperada.

Gostei bastante desse primeiro volume, mas o livro tem alguns pontos incômodos, a perseguição a Sonea cobre grande parte do livro o que faz com que por muito tempo o leitor fique girando no mesmo eixo. Outra questão que acho que poderia ter sido mais trabalhada é a descrição desse mundo inédito, que parece um ambiente feudal mais evoluído. Contudo a autora peca em restringir os acontecimentos entre o clã dos magos e as favelas, gostaria de conhecer um pouco mais desse mundo e seus povos.

Mas o ponto que mais me incomodou foi à tradução, um uso excessivo de gírias na tradução, mesmo sendo “traduzido” no final do livro poderia ter sido minimizado.

A magia é presente nesse primeiro volume, mas não se apresenta na sua forma mais clara, a magia no livro tem um caráter mais introdutório, o leitor é apresentado ao ritual de iniciação, não me incomodou, mas espero que a magia seja mais presente no segundo volume.

Os personagens foram muito bem criados. Sonea tem personalidade, uma personalidade forte diga se passagem, a garota é corajosa e determinada, gostei dela. Entre os magos também temos bons personagens como o mago Rothen, um velho mago contido e poderoso e o jovem e impetuoso Dannyl.

Enfim, o Clã dos Magos é um livro cheio de aventuras, com uma carga de mistério bem balanceada, um mundo mesmo que limitado interessante, personagens bem trabalhados, um final que faz o leitor desejar com ansiedade o próximo volume e um enredo que promete surpresas, aliado a uma narrativa que mesmo tendo alguns problemas é bem fácil de acompanhar fazem desse livro uma leitura mais que indicada. Vale a pena!





quinta-feira, 3 de maio de 2012

O Primeiro-Ministro – As Crônicas da Terra do Lago (Iracy Araujo)

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Livro: O Primeiro-Ministro
Autor: Iracy Araujo
Nº de páginas: 142
Editora: Novo Século
Série/Saga:  As Crônicas da Terra do Lago
Nota: 3/5









O reino da Terra do Lago prosperava sobre o reinado de Darel D’ Reins e seu fiel primeiro-ministro Quíron.

O rei estava feliz pelo nascimento de sua única herdeira, a princesa Diana, e resolve recolocar Quíron no posto de primeiro-ministro, o qual ele havia perdido após predizer a morte da rainha, previsão que se concretizou.

Mas alguns anos após o nascimento da princesa um inimigo se levanta sobre o pacífico e prospero reino de Darel, Magnus um déspota que vem conquistando e controlando com punhos de ferro todas as terras que estão em seu caminho se dirige para a Terra do Lago.

Dada a vulnerabilidade de seu reino ante um inimigo tão temeroso, Darel resolve proteger a vida da filha, e incube Quíron da missão de tirar Diana do reino e protegê-la até que um dia ela possa reaver o reino de seu pai.

Imbuído de tarefa tão importante, Quíron se propõem a fazer tudo que estiver ao seu alcança, e antes que as tropas de Magnus ataque a cidade, Quiron, sua filha Selene, e a jovem princesa Diana partem do castelo na surdina para um lugar seguro.

A iminente queda de Darel, e o domínio do povo da Terra do Lago pelo totalitário Magnus, tornam a missão de Quíron ainda mais importante, ele terá de educá-la, instruí-la, e protegê-la, uma vez que caíram na clandestinidade após a fuga do reino, além de preparar a jovem para um dia lutar pela reconquista de seu reino.

Quíron contará com a ajuda de sua filha a jovem Selene, que depois de certo receio passa a ter grande afeto pela princesa, e também terá uma ajuda inestimável para sua empreitada, a de seu antigo mestre na instrução da magia, o velho mago, Gabriel.

Iracy criou uma trama leve e gostosa, uma fantasia digamos “clássica”, com a oposição entre o bem e o mal, e luta do primeiro frente a obscuridade do segundo.

A história é simples, sem grandes problemas, a narrativa flui com rapidez, a magia se insinua paulatinamente, e temos ao que me parece um terreno mais que fértil para um produtivo embate entre essas forças opostas.

O livro pode não agradar leitores assíduos de leituras mais complexas, desenvolvidas e longas, o que aprecio bastante, mas ainda assim A Terra do Lago é uma leitura indicada para variar.

Para aqueles que procuram uma leitura leve, rápida de fácil entendimento esse livro é mais que recomendado.