Livro: A Menina Que Brincava com Fogo
Autor: Stieg Larsson
Nº de páginas: 608
Editora: Companhia das Letras
Série/Saga: Millennium #2
Nota: 5/5
O autor sueco, Stieg Larsson, conseguiu uma primazia póstuma considerável, se tornar um dos
autores do gênero policial mais famoso da atualidade. Ele ainda angariou um
mercado mais que receptivo para as obras
policiais de seus companheiros nórdicos. A leitura de suas obras é mais que
suficiente para explicar essa repercussão.
Essa resenha contém SPOILER para quem não leu o primeiro livro.
Em “A Menina Que
Brincava Com Fogo” somos inseridos na redação da revista Millennium. O
jornalista, Drag Svensson, com a ajuda de sua namorada, a investigadora, Mia
Bergman, pretende lançar uma matéria e um livro denunciando o tráfico de
mulheres, mas Drag tem uma nova roupagem à essa abordagem, ele quer explorar
esse tipo de crime pela perspectiva do “comprador” de mulheres.
Contudo essa é uma
publicação que promete mexer com os nervos da sociedade sueca como um todo,
entre as figuras entrevistadas por Drag se encontram pessoas importantes,
policiais, jornalistas, juízes, entre outras pessoas. Mas mesmo sabendo que é um
desafio dos maiores o jornalista está disposto a tornar pública suas
informações. Nessa empreitada ele contará com o empenho da Millennium, em
especial, de Mikael Blomkwist, que vê na investigação de Dag Svensson um excelente
trabalho jornalístico.
Para deixar as coisas mais interessantes, um triplo homicídio é executado, e as investigações da polícia detectam as digitais de Lisbeth Salander na cena do crime. Sendo para a polícia a única suspeita dos crimes, Salander, passa a ser caçada. Além disso a impressa começa a especular e apresentar Lisbeth como uma psicopata perigosa, em consonância com esses eventos vemos os segredos, dessa até pouco tempo discreta e desconhecida pessoa, serem desvendados.
No entanto, Mikael não
está receptivo a essa analise policial, e decide empreender sua própria
pesquisa em busca do assassino.
Tráfico de
mulheres, é sobre essa roupagem que somos inseridos no segundo volume da
trilogia Millennium.
Depois dos
acontecimentos do primeiro volume, o rompimento unilateral da relação entre
Mikael e Lisbeth, somos confrontados com uma nova situação, a dupla investigativa
está separada, e a jovem Hacker não tem intenção de voltar a ter qualquer
relação com Mikael, o que só torna a situação mais difícil.
Stieg é um autor
que merece respeito, sua escrita em terceira pessoa permite ao leitor uma visão
mais abrangente sobre os acontecimentos, e a visão de cada personagem.
Lisbeth Salander
nesse livro conquistou definitivamente minha simpatia. Ela não é uma personagem
comum, ela tem seu próprio código de conduta, ela
é reservada, e tem segredos surpreendentes, mas nesse volume vemos quase a
totalidade do enigma Lisbeth desvendado.
Mikael Blomkwist,
ou super-blomkwist, continua com sua insistência em descobrir a verdade, e
mesmo sem a companhia de Lisbeth, ele se mostra um jornalista investigativo
competente.
Esse é aquele tipo
de policial que o leitor é alçado para dentro das páginas de forma a ficar
detido na leitura. Stieg conduz a trama com riqueza de detalhes, ele não tem
pressa, ele trabalha cada pista, cada personagem, e sabe encobrir muitíssimo
bem os segredos, para que sejam revelados no momento ideal.
Mesmo com essa
condução detalhista, que poderia cansar o leitor, não e isso que acontece, ele
tece a trama de forma a conduzir o leitor sem entedia-lo.
Revelações
impressionantes, uma história que merece atenção, personagens memoráveis,
mistérios quase insondáveis, uma trama bem trabalhada, e um final que faz o
leitor ansiar desesperadamente pela continuação e desfecho. Todos esses elementos envoltos pelo charmoso
ambiente nórdico, fazem de "A Menina Que Brincava com Fogo" uma excelente leitura.
- Série Millennium
A Menina Que
Brincava com Fogo
A Rainha do
Castelo de Ar