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terça-feira, 17 de julho de 2012

Top Autores – John Grisham

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Essa é uma coluna que já há algum tempo eu venho tentando promover no blog, decidi começar com um dos meus autores preferidos, o mestre do thriller jurídico, autor best seller,  John Grisham. Essa coluna será mensal ou quinzenal, espero que gostem, sem mais delongas, conheçam um pouco mais de John Grisham.



  • Sobre

John Grisham , nascido, John Ray Grisham Jr. (Jonesboro, Arkansas, 8 de fevereiro de 1955),  é um autor de thriller jurídico ("subgênero" do romance policial), um estadunidense frequentador assíduo da lista de mais vendidos. Considerado um expoente da literatura americana o autor já ultrapassou a marca de 275 milhões de livros vendidos e foi traduzido para cerca de 40 línguas. É considerado o sexto autor mais lido em seu país, segundo a Publishers Weekly.

Formado em Direito, atuou na área de defesa criminal e processos por danos físicos. Seu primeiro livro, Tempo de Matar, foi publicado, em 1989, depois de ter sido rejeitado  28 vezes, o livro foi escrito nas horas vagas do seu trabalho.


John faz parte do seleto grupo de 3 autores que tiveram a proeza de vender 2 milhões de cópias na primeira edição, ao lado de J. K. Rowling e Tom Clancy. 

John vive com a esposa, Renné, e os dois filhos, Ty e Shea na Carolina do Norte.

Já foram realizadas cerca de 19 adaptações entre filmes e séries dos livros do autor. “A Firma”, seriado de TV exibido no Brasil pela AXN, foi a última adaptação realizada das obras do autor, o seriado é baseado no livro homônimo lançado em 1991, que permaneceu por 47 semanas consecutivas na lista de best sellers do The New York Times, à segunda obra publicada do autor.



A adaptação do livro O Testamento está prevista para esse ano. Para 2013 existe a previsão de adaptação do livro O Último Jurado, tendo Grisham como roteirista e David Wain como diretor.

  • Obras

O autor já tem cerca de 29 livros publicados,  sendo 28 ficção e 1 não ficção. Entre esses livros 27 já foram lançados pela editora Rocco, que é a editora representante dos livros do autor em solo brasileiro. O Dossiê Pelicano, A Câmara de Gás e O Júri são alguns dos principais sucessos do autor. Um dos últimos lançamentos do autor, Os Litigantes (The Litigators), chegou a alcançar o topo da lista do The New York Times, e foi considerado um dos melhores livros do autor nos últimos anos. 



No livro, os sócios da Finley & Figg gostam de anunciar que possuem um ‘escritório-boutique’, elegante, seletivo e próspero. Na verdade, a especialidade da dupla é fazer de divórcios rápidos a ações de indenização por acidentes de trânsito. Seus dois e únicos associados são o veterano Oscar Finley e o sócio júnior Wally Figg. Ambos, cada um a seu modo, convivem com o fracasso profissional, que os levou a sugar dinheiro da vala comum das indenizações por danos físicos. O fracasso se reproduz na vida pessoal. Finley vive há anos um casamento falido; já Figg, recém-saído de seu quarto divórcio, desdobra-se para se livrar do vício do álcool.
Depois de mais de vinte anos juntos, a sorte finalmente está a favor deles: o jovem advogado David Zinc, desempregado depois de se decepcionar com o trabalho numa firma renomada, acaba por aceitar uma oportunidade na Finley & Figg. Juntos, eles assumem um processo contra um gigante da indústria farmacêutica, o que poderá fazer com que a pequena firma finalmente decole para o sucesso.
Juntos, os três precisarão usar de toda a experiência adquirida tanto em seus ofícios como na vida para salvar a Finley & Figg da falência. Tudo isso porque a pequena firma se lança numa ação coletiva milionária contra uma grande empresa do ramo farmacêutico, litígio que o próprio Figg compara a uma luta de Davi contra Golias.


  • Minhas Impressões

John Grisham é o principal escritor de thriller jurídico do mundo. Particularmente gosto muito dos livros do autor, Grisham ataca algumas anomalias do sistema, em seus livros é impossível não se deparar com alguma questão social ou jurídica sendo colocada em cheque pelo autor. As questões raciais, que geralmente são ambientadas no velho e inexorável Sul dos Estados Unidos, ou as grandes firmas de advocacia, que são outra fonte de suspeita do autor.

A forma como o autor aborda essas questões é sempre bem conduzida, podendo ser o racismo que recai sobre um pai negro que assassina os estupradores de sua filha, homens brancos, e como a justiça não é equânime em matéria racial (Tempo de Matar). Outra fonte de grande crítica do autor é a pena de morte, que ele aborda com bastante propriedade no livro A Confissão.

Os tribunais são quase sempre presentes, já tive o prazer de ler 4 livros do autor, todos resenhados aqui no blog, e posso dizer que a narrativa cuidadosa, o trabalho  minucioso que o autor faz sobre cada personagem, seus advogados carismáticos, enredos bem escritos, e tramas que conduzem o leitor com interesse durante toda a narrativa são qualidades inerentes a seus livros.

Por fim, acredito que maior trunfo do autor é saber trazer a tona certas anomalias, que muitos querem manter obscuras, e fazê-lo de forma que possa abarcar um grande público, com seus personagens bem arquitetados e sua narrativa inteligente, e a habilidade de escrever cada história com suas particularidades. 

  • Extras

Já a algum tempo a editora Rocco lançou novas capas e novo formato para os livros do Grisham. Gostei bastante das novas capas, as anteriores não eram lá muito interessantes. A seguir algumas das capas.



  • Livros resenhados no blog:

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Basta clicar em cima da capa


Fontes:
Site do autor  
Editora Rocco
Cinema com rapadura
Wikipédia

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A Confissão (John Grisham)

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Livro: A Confissão
Autor: John Grisham
Nº de páginas: 480
Editora: Rocco
Série/Saga:  -
Nota: 4,5/5










John Grisham sempre trata de um tema polêmico e contemporâneo em seus thrillers jurídicos, e dessa vez não foi diferente, em “A Confissão” ele faz uma critica rigorosa a pena de morte.

A trama se passa em terras sulinas, especificadamente, no poderoso estado do Texas, na pequena cidade de Slone, onde a maioria esmagadora da população defende a pena capital.
 
O advogado Robbie Flak dedicou sua vida aos tribunais, um advogado respeitado, falador, barulhento, brigão e que está disposto a processor qualquer um que lhe atravesse o caminho. Mas a 9 anos ele trava um batalha que está quase perdida, ele é o advogado de defesa do jovem negro Donté Drumm.

Donté foi acusado de assassinar e estuprar sua colega Nicolle Yarber, uma jovem branca e bonita. Contudo ele se diz inocente, e seu advogado, Robbie Flak, e sua família, e a parte negra da cidade acreditam em sua inocência. O jovem rapaz foi condenado por provas totalmente questionáveis, sem um corpo, a evidência de uma confissão forçada, além de ter sido julgado por um júri totalmente branco e outros fatores que fariam qualquer tribunal reconsiderar a condenação.

Mas os anos se passaram, as apelações, investidas e batalhas travadas por Robbie não surtiram efeito, e Donté está a apenas 4 dias de ser levado a câmara da morte para a consumação de sua pena.

No entanto a 600 Km de Slone, no Kansas, cidade de Topeka, o reverendo Keith Schroeder recebe uma visita de um homem, Travis Boyette. Travis confessa com o ministro admitindo o assassinato de Nicola Yarber, e se dizendo disposto a salvar a vida de Donté Drumm. Contudo , Travis é um homem em condicional, pois tem um grande histórico de casos de estupro, e uma longa passagem por penitenciarias, portanto, um ministro e um ex-condenado com uma fixa questionável são a ultima esperança de Donté Drumm.

É sobre essa perspectiva que somos arremetidos a trama de John Grisham, um homem inocente prestes a ser morto, improváveis salvadores, uma cidade que está dividida, em polvorosa, a beira de um conflito, de um lado os negros, que acreditam na inocência de Drumm, do outros os brancos que esperam ansiosamente pela condenação.

John Grisham faz uma critica incisiva a pena de morte, e mostra as falhas do sistema, ele conduz a trama com a mesma qualidade das demais, cuidadosamente, e detalhadamente ele expõe os fatos.

O suspense em torno da tentativa de salvar Drumm acompanha o leitor por grande parte do livro, as investidas do ministro e do verdadeiro criminoso, e do advogado são uma corrida contra o tempo.

O autor constrói os personagens de forma primorosa, Keith é um homem de fé que esta disposto a arriscar sua estabilidade para salvar um homem inocente, Robbie, um advogado ruidoso, mas decidido e incansável. Boyette um tipinho detestável, desprovido de qualquer pudor.

Conflitos raciais, a explicitação das falhas da pena de morte, um contexto permeado de tensão são o palco de “A Confissão”, mais um excelente livro de John Grisham.  

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O Negociador (John Grisham)

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Livro: O Negociador
Autor: John Grisham
Nº de páginas: 416
Editora: Rocco
Série/Saga:  -









 Kyle McAvoy é um jovem que tem perspectivas de um belo futuro, está terminando sua faculdade de direito em Yale, é editor chefe do jornal da universidade, e tem uma variedade de possibilidades de emprego após sua formação, mas a exemplo de seu pai, ele não pretende se exaurir em uma grande firma, ou pelos menos assim ele desejava.

A vida de Kyle muda após ele sair de um jogo de basquete - no qual ele era um técnico voluntário - e ser abordado por dois homens, agentes do FBI. Eles trazem ao presente algo que o jovem McAvoy não pensava que voltaria a lhe assombrar, um vídeo, no qual dois de seus amigos são acusados de estupro, e ele cúmplice, a entrega desse vídeo a suposta vítima, significaria o fim da carreira do jovem advogado.

Mas ele tem uma opção, caso ele colabore, o vídeo ficará no anonimato, mas Kyle logo vai descobrir que não se trata do FBI, mas sim de uma empresa de espionagem que tem por objetivo colocá-lo como espião em uma grande firma de advocacia e assim descobrir provas que serão usadas para derrotar uma gigante do ramo bélico, a qual essa empresa representa.

Espionagem e traição são contra os princípios de Kyle, mas ele não tem muitas opções, seu chefe, o homem misterioso de codinome Bennie, é um expert no que faz, e seguirá cada passo de Kyle.

Encurralados, Kyle tentará a qualquer custo se desvencilhar dessa situação, ele é esperto, mas esta lidando com gigantes da espionagem.


Grisham novamente trás uma trama atraente e interessante, O Negociador é um bom livro, mas não supera Tempo de Matar e nem A Confraria, mesmo porque, acho que em alguns momentos o autor estende demasiadamente a estória, sem necessidade. 


Com personagens humanos, que erram e não são nada perfeitos, ele cria uma estória com um toque de suspense, e até mesmo um pouco de ação.

Uma leitura sem sombra de dúvida válida. 

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A Confraria (John Grisham)

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Esse autor foi uma feliz experiência, depois de ler Tempo de Matar resolvi me aventurar por outras obras do autor, e até o momento não tenho do que me arrepender.

A Confraria é formada por três ex-juízes Hatlee Beech, Finn Yarber e Joe Roy Spicer, que foram condenados a prisão federal de Trumble, todos foram para lá por crimes variados, desde se apossar ao dinheiro de bingo, a “erros” na declaração do imposto de renda e crime culposo.

 Eles têm um papel importante dentro do presídio, resolvem pequenos problemas entre os presos, são os representantes da “ordem” dentro de Trumble. Mas não bastasse isso, eles precisavam de algo mais para ocupar seu tempo ocioso, então com a iniciativa do meritíssimo Spicer, eles colocam em prática o golpe Angola, que consiste em extorquir homossexuais, e eles contarão com a ajuda de seu advogado Trevor Carson, um advogado sem escrúpulos que decidiu participar da atividade criminosa.   

A CIA está preparada para interferir na briga pela presidência, eles precisam de um líder que apóie o setor bélico, que invista nas forças armadas e mantenha os EUA como uma nação bélica e militarmente poderosa, que deve ser, então eles decidem colocar na briga pela Casa Branca, Aaron Lake, um político desconhecido e com um passado limpo, um homem elegível, mas para alavancar a candidatura do senhor Lake  a CIA decide mostrar o quanto o mundo está perigoso, ou seja, promoção de atentados, e outras práticas escusas.

Duas histórias paralelas, de um lado ex-juízes bandidos, do outro a CIA buscando um candidato “belicoso”, quando essas duas cenas se encontrarem, as coisas ficarão muito interessantes.

Grisham novamente desempenha seu papel com qualidade, a trama é envolvente, o encontro das histórias é previsível, mas a partir a daí estória nos leva a um desfecho imprevisível, ele consegue prender a atenção do leitor, aborda temas variados, corrupção, assassinato, espionagem, suborno, ameaça, dentre outros, esse com certeza é um livro que merece a atenção do leitor.

A única coisa que achei que faltou no livro foi um pouco mais de páginas, para que o desfecho fosse mais esclarecido. Mas não foi um entrave dos maiores, sem sombra de dúvidas indico esse livro, uma obra inteligente.


quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tempo de Matar ( John Grisham)

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O título desse livro foi à primeira coisa que me chamou a atenção, a sinopse me deixou intrigado, então decidi lê-lo, e posso concluir sem dúvida que sendo a primeira obra escrita pelo autor, ele fez um excelente trabalho.

Mississipi, cidade de Ford Country, sul dos Estados Unidos, racista, década de 80, os Harley eram uma família negra normal, mas tudo muda quando Tônia, uma menina de 10 anos que estava a caminho do armazém a pedido da mãe é seqüestrada por dois indivíduos brancos, Billy Ray e Willard, e brutalmente espancada e estuprada por ambos.

  
Willard perguntou se Cobb achava que ela estava morta. Abrindo outra lata, Cobb explicou que não estava porque geralmente não era possível matar um crioulo com pontapés, pancadas ou estupro. Era preciso mais para se acabar com eles, uma faca, um revolver ou uma corda. 
página 13

Por fim eles tentam matá-la e a deixam jogada a beira da estrada, só que ela é socorrida e levada ao hospital, ela vai sobreviver só que as seqüelas serão enormes.

Carl Lee Harley, é o pai de Tônia, um homem trabalhador, que vê sua vida ir abaixo depois do ocorrido com sua filha, e ele não vai descansar até obter vingança.

Os dois bandidos foram presos, quando estavam se vangloriando do seu ato em um bar, e estão prestes a ir a julgamento, só que Carl Lee, não os deixará impune de sua justiça de pai, ele calculadamente planeja o assassinato dos dois, e cumpri sua justiça.

Nessa época o máximo que aconteceria seria ele ir a júri popular e conseguir tranquilamente uma absolvição, contudo ele é negro, e matou dois homens brancos, ele está no sul dos Estados Unidos, um lugar extremante racista, intolerante, que ainda considera os negros um problema.

“Se fosse branco e matasse dois negros que violentaram sua filha, o júri daria a ele o prédio do tribunal.” Página 257


Para a defesa desse caso praticamente perdido, temos o jovem e competente advogado, Jake Brigance, que esta disposto a defender a causa de Carl Lee, só que ele sabe que uma absolvição é improvável, e seu cliente está fadado a câmara de gás, mas ele também não esta propenso a dar o braço a torcer.

As opiniões por todo o país de dividem, Carl Lee, é o herói da comunidade negra, um símbolo do movimento, e eles vão lutar por seu ídolo, mas os brancos estão insatisfeitos, afinal dois dos seus foram mortos, a menina afinal era negra.

O advogado passa a ocupar o centro das atenções, ele luta de todas as formas para poder inocentar seu cliente, só que ser advogado de um negro em tais circunstâncias e arriscado, e ele e sua família podem estar correndo risco de vida.

Uma trama pesada, polêmica, difícil, é esta a abordagem feita por John Grisham, e ele conseguiu prender minha atenção até o final do livro, mesmo com um final um tanto previsível, ou não, ele da um tom atraente a obra.

Eu me vi chocado, enfurecido, estarrecido, incoformado, uma confusão de sentimentos, o livro é muito bom, os personagens são interessantes, o racismo e a intolerância  são o centro das atenções.

Se você deseja uma trama diferente, atraente,  polêmica, não deixe de ler Tempo de Matar.