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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Parceria – Vertigo

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O Grupo Autêntica lançou esse ano um novo selo dedicado a publicação de romances policiais. Se trata do selo Vertigo, novo parceiro do blog. A proposta do selo editorial é trazer para o Brasil literatura policial diversa e de qualidade. Em entrevista, o diretor executivo do selo, Arnaud Vin, apontou que a Vertigo está articulada em torno de três vertentes. O romance policial histórico, o “scandi crime” e os trillers.

Com isso, a editora já trouxe nomes inéditos e expressivos para o Brasil. Os irmãos Hammer e Hammer, com A Fera InteriorVestido de Noivo, de Pierre Lamaitre, vendedor do Prêmio Goncourt. Além de autores escandinavos como Leena Lehtolainen e Gunnar Staalesen; os franceses Alexis Aubenque, Guilaume Prevóst e Andrea H. Japp. Dessa forma, a Vertigo traz para o Brasil a literatura policial de duas das produções nacionais/regional mais ressaltadas dos últimos tempos, a francesa e a escandinava. E vai além “Queremos ampliar ainda mais o prisma, oferecendo num futuro próximo obras da Espanha, Itália e Índia, ou mesmo do Chile e da Irlanda. Todos com o mesmo ponto em comum: a qualidade”, afirma Arnaud.

Veja a seguir alguns do títulos já lançados pela editora.

Vestido de Noivo - Pierre Lamaitre



Sophie, uma jovem mulher que leva uma vida pacata, começa a cair lentamente na loucura: milhares de pequenos e inquietantes sinais se acumulam e, de repente, tudo se acelera. Seria ela a responsável pela morte da sua sogra e de seu marido enfermo?
Pouco a pouco ela se encontra envolvida em vários assassinatos, dos quais ela não tem a menor lembrança. Então, desesperada, porém lúcida, ela organiza sua fuga, muda de nome, de vida, se casa, mas o seu terrível passado a alcança.
As sombras de Hitchcock e de Brian de Palma pairam sobre esse thriller diabólico.








A Fera Interior - Lotte & Soren Hammer 



Cinco corpos masculinos mutilados – castrados – e um rico empreendedor que denuncia na mídia a falta de firmeza da justiça dinamarquesa para com os pedófilos. O inspetor Simonsen, que tem experiência demais para não desconfiar das coincidências, logo compreende que está diante de um plano de grandes dimensões, cujos pormenores ainda desconhece…
Neste primeiro romance, intenso e cativante, Lotte e Søren Hammer constroem uma intriga milimétrica e engenhosa sobre um assunto ainda tabu na Dinamarca, a pedofilia. Pintando o retrato de uma opinião pública que toma partido dos assassinos, os autores levam o leitor a questionar suas próprias certezas éticas.






Os Sete Crimes de Roma - Guillaume Prévost



Roma, 1514. Leonardo da Vinci conduz a investigação…
Roma, dezembro de 1514. A poucos dias do Natal, o corpo decapitado de um jovem é descoberto em cima da estátua do imperador Marco Aurélio. Uma inscrição feita com sangue assina o crime: “Eum qui peccat… “ (“Aquele que peca…”). Pouco tempo depois, é a vez de um velho ser encontrado, morto e nu, pendurado numa escada no Fórum. A Coluna de Trajano revela seu fúnebre segredo e o restante da inscrição: “…Deus castigat “ (”…Deus castiga”). A sangrenta encenação está apenas começando…
Instalado há pouco no Vaticano, ocupado com seus trabalhos de anatomia, pintura e ótica, Leonardo da Vinci se apaixona pelo caso. Como interpretar os lúgubres detalhes que cercam os crimes? O papa e a cristandade estariam sendo desafiados? Com a ajuda de Guido, um jovem estudante de Medicina, o pintor tenta desmascarar um assassino que demonstra tanto inteligência em desorientar as investigações quanto crueldade em executar suas vítimas.
Um romance policial diabólico que, dos mistériosda biblioteca do Vaticano aos segredos das ruínas antigas, nos arrebata num jogo de pistas eletrizante, erudito e macabro.

Para 2014 cerca de 10 títulos já estão em processo de produção. E tendo em vista o que já está no mercado, os fãs de literatura policial podem esperar ótimas surpresas. Afinal, o lema do selo é  “Vertigo, a noite ficou mais curta”. 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Novidade - Tigana – A Lâmina na Alma, de Guy Gavriel Kay

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A Saída de Emergência, novo braço editorial da Sextante, já está anunciando quais serão as novidades para 2014.

Dentre os vários lançamentos agendados para o primeiro semestre do ano que vem está Tigana – A Lâmina na Alma, de Guy Gavriel Kay. Previsto para janeiro de 2014.

A aposta da editora converge com o projeto de trazer o melhor da fantasia para o Brasil. Isso porque G. G. Kay é reconhecidamente um grande escritor de fantasia. E tudo começou quando ele foi convidado por Christopher Tolkien, para editar O Silmarillion, do icônico J. R. R. Tolkien. Assim, parece que Kay constrói sua fantasia na melhor tradição tolkieniana. Além de Tigana, o autor, um mestre da fantasia histórica, é responsável pela trilogia fantástica A Tapeçaria de Fionar, e outros livros com forte teor histórico-fantástico. Para mais informações sobre o autor confira a edição brasileira da revista Bang, que realizou uma matéria especial (aqui)

A seguir confira mais novidades sobre o livro (capa e sinopse). 
"Um livro brilhante e complexo... Um épico arrebatador."
Publishers Weekly



Tigana é uma encantadora obra de mito e magia que vai marcar os leitores para sempre. É a história de uma nação oprimida que luta para se libertar depois de cair nas mãos de conquistadores implacáveis. O povo foi tão amaldiçoado pela feitiçaria  do Rei Brandin que o próprio nome da sua bela terra não pode ser lembrado ou pronunciado. 
Mas anos após a devastação de sua capital, um pequeno grupo de sobreviventes, liderado pelo Príncipe Alessan, inicia uma cruzada perigosa para destronar os reis despóticos que governam a Península da Palma, numa tentativa de recuperar o nome banido: Tigana. 
Num mundo ricamente detalhado, onde impera a violência das paixões, um povo determinado luta para alcançar seus sonhos. Tigana é épico sublime que mudou para sempre as fronteiras da fantasia.


Guy Gavriel Kay mostra nesta obra por que é considerado o verdadeiro herdeiro da tradição de Tolkien.” Booklist

A editora já se adiantou e anunciou a capa do segundo volume da série Tigana - A voz da Vingança, ainda sem data de lançamento definida.



quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O Inocente (Harlan Coben)

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Autor: Harlan Coben
Nº de páginas: 336
Editora: Arqueiro
Série/Saga: -
Nota: 4/5










Coben dispensa apresentações. Sobre “O mestre das noites em claro”, conforme a alcunha francesa,  basta dizer que ele está entre os melhores autores de suspense da atualidade.

Em O Inocente conhecemos Matt Hunter. Matt é um jovem que está na faculdade e ao que tudo indica terá um futuro promissor. Mas em um dia fatídico um acidente interrompe sua trajetória. Durante uma briga, Hunter intervém para separar os combatentes, porém ele acaba matando acidentalmente um rapaz. Seu destino seria então passar 4 anos na prisão.

Quando finalmente é posto em liberdade Hunter tenta reconstruir os cacos de sua vida passada. Obviamente as coisas mudaram dramaticamente. Apesar disso, com alguns tropeços aos poucos ele consegue se assentar em sua nova vida. De forma que, nove anos após o acidente, ele conseguiu constituir sua própria família. E Olívia, sua esposa, está grávida.

Quando Matt Hunter enfim parece ter novamente engendrado um caminho mais tranqüilo, eis que o destino retorna para lhe pregar mais uma peça. Ele começa a receber em seu celular vídeos em que sua esposa aparece com uma peruca loura em um quarto misterioso com outro homem. Para deixar a situação ainda mais delicada, Matt percebe que tem alguém lhe seguindo. E uma série de ocorrências desconectadas e confusas leva a polícia a Matt. Um cenário nada promissor se põe diante de Matt Hunter.
“Adivinhe o que estou fazendo com sua mulher neste instante.” 
Harlan Coben tem uma capacidade de colocar personagens comuns, nada excepcionais, que tem vidas como quaisquer outras, em situações extremas. O casal Matt e Olívia com uma vida simples, feliz, se vê de súbito lançado em um espiral de segredos e acidentes. O passado, que ocupa lugar especial na produção de Coben, novamente se faz elementar. As escolhas, os caminhos e a necessidade de construir um novo futuro, uma nova história, são questões centrais. Mas o passado sempre retorna, especialmente quando não foi encerrado definitivamente. 

Assim, a fórmula de Harlan Coben vai se constituindo. Personagens críveis, histórias paralelas sem qualquer ligação aparente, uma passado misterioso que vai de revelando aos poucos, e desdobramentos complexos que podem levar o leitor a caminhos variados. E dessa mistura que surge um marido aflito, uma esposa misteriosa, assassinatos, perseguições, e uma busca desesperada por respostas.

Com esses elementos reunidos, muito bem dosados, O Inocente é concebido em caráter de excelência dentre a produção de Coben. Um ótimo thriller.



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O Jantar (Herman Koch)

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Autor: Herman Koch
Nº de páginas: 256
Editora: Intrínseca
Série/Saga: -
Nota: 4/5









“É instinto: aquele que cai é fraco, aquele que está no chão é presa”
O Jantar faz parte da categoria de livros a que pertence O Jardim de Cimento, de Ian McEwan. São tramas que para além de sua aparente simplicidade escondem algo que desloca o leitor, nos leva de certo modo a uma situação de desconcerto, perturbação. Mas bem, a comparação entre os livros só se presta para evidenciar a impressão que eles podem imprimir no leitor, em se tratando de suas tramas são caracteristicamente diferentes.

Um jantar. Dois casais. Um problema. Essa é a premissa básica do livro. Paul e Claire; Serge Latouch e Babete combinam de se reunir para tratar de uma questão familiar. Mas ao que tudo indica, Paul, o narrador, não está muito contente com o  encontro. Parece que se dependesse dele o jantar sequer ocorreria, na verdade. Contudo, sua esposa insiste que ele participe. Quanto ao problema, de início não fica claro qual é a questão central a ser tratada. E como um bom jantar, não se pode começar pelo prato principal. É preciso antes, degustar a entrada.

Paul é um personagem que não parece gozar da plenitude de suas faculdades mentais. Primeiramente, ele tem certa má vontade com Serge, um misto de inveja com ressentimento. Assim, o leitor é logo iniciado nas questões que perturbam o narrador. E, a trama não se dedica apenas ao jantar, Paul nos leva por suas memórias para que o leitor possa, em algum momento, compreender o que ali se pretende tratar. E conforme o assunto vai se aproximando, a tensão à mesa de jantar se eleva.

Esse é o tipo de livro sobre o qual não se de deve contar muito. Há um perigo em se entregar informações que só deveriam ser descobertas pelo leitor. Creio não ter rompido esse limite.
“Claro que é terrível, todos aprendemos a dizer que achamos terrível, mas um mundo sem desastre e violência – seja violência da natureza ou a de músculos e sangue – seria algo realmente insuportável.”
O jantar se trata de um livro que assume certo aspecto experimentalista. Gosto disto. Pelo menos, é uma história bem particular. As implicações a que se chega durante a discussão, obrigatoriamente, se aproximam de questionamentos morais. O leitor poderá se chocar com decisões de todo questionáveis, moral e eticamente. O que se sucede é um problema sem respostas fáceis, até onde vão, ou devem ir, os limites entre a proteção e a indulgência? Será certo sacrificar interesses de terceiros em proveito próprio?

O livro não põe essas questões em evidência, mas elas surgem conforme o circo se constrói. E o leitor é confrontado por personagens que assumem posições que embora eles tentem justificar parecem ser inadequadas, na melhor das hipóteses. É nesse aspecto que reside o brilhantismo do livro, personagens instáveis, um cenário de certo modo simples e uma problemática aterradora. A união desses elementos compõe o cerne de O jantar.

E é importante fazer notar que o autor sabe descrever de forma adequada e transmitir a impressão do que se passa no jantar. Um jantar que se assemelha a algum palco de horrores.

Em resumo, O jantar é um livro que fornece ao leitor uma experiência incomoda e submergível. É impossível não se comprometer com a leitura. 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Promoções, livros e a estante

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Fonte: tumblr


O fim de ano é um período perigoso para leitores. As promoções de espraiam e fica realmente difícil resistir. Isso, levando em conta uma estante com uma parcela considerável de “compras imperdíveis”, ainda não lidas. Claro que o final de ano é apenas o momento em que o afã das promoções se alarga, porém durante todo o ano o varejo realiza algumas promoções “imperdíveis”.

Diante desse quadro, todo leitor, em algum momento, se verá diante da sua estante, e dos livros que ali estão, quase intocados, esperando para serem lidos. Eis que surge o grande questionamento, é chegada “a hora de parar de compra livros”1? Eu já há passei por essa etapa, contudo ao invés de adotar uma política proibitiva, não comprar livros. Resolvi assumir uma política seletiva. Em que sentido, haviam muitos livros na estante, certo número comprado compulsivamente, de forma que não foram e não mais serão lidos. Efetivada essa tarefa, era preciso repensar a condução das compras, eis que me decidi: apenas, e tão-somente, livros que efetivamente me interessassem seriam adquiridos. Minha estante assumiria menos a cara de uma disposição de livros promocionais, e mais um caráter de escolhas seletivas e prioritárias.  Em suma, um processo de saneamento. 

Ao fim e ao cabo, não tenho me afastado desse posicionamento. O número de compras, antes elevadíssimo, reduziu bruscamente. Não poderia deixar de notar a contribuição que o Kobo teve nesse processo, como uma espécie de amortização física; com ele não é possível perceber uma estante com livros lhe observando de forma acusatória.

Prova da minha conduta conscienciosa, foi que na última Black Friday, a Americanas estava com 10.000 livros em promoção, por 9,90. Havia entre eles uma quantidade considerável de livros compráveis, entretanto, de acordo com a política seletiva, terminei por comprar apenas 10, tendo em vista um período de jejum considerável. Adquiri livros que queria há muito tempo, exemplares imperdíveis de Dashiel Hammet e Raymond Chandler - os maiores expoente do policial noir. De fato, uma compra necessária.

Com efeito, tenho conseguido manter minhas leituras em um nível muito mais próximo do número de compras. De forma tal que minha estante tem se expandido, lenta e sustentavelmente.

1 Título da coluna do Danilo Venticinque, na Época.