myfreecopyright.com registered & protected

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Lançamento de Nosferatu (Joe Hill)

, , 0






A editora arqueiro vai lançar dia 8 de julho Nosferatu, de Joe Hill. Hill já tem publicado no Brasil três livros, os romances, A estrada da noite e o Pacto, e, o compilado de contos, Fantasmas do século XX. Além de ter uma tradição familiar no gênero horror – ele é filho de ninguém menos que Stephen King – Hill já ganhou dois Bram Stoker e, Nosferatu foi indicado para o prêmio ano passado. Confira a seguir capa e sinopse do livro.

“Um dos melhores autores de terror dos Estados Unidos.” – Time]

“Hill é tão habilidoso que, até o fim, não sabemos aonde a história irá nos levar. Sua narrativa é muito original e, para os fãs de terror com um tom irônico, um deleite incomparável.” – Kirkus Reviews 




Victoria McQueen tem um misterioso dom: por meio de uma ponte no bosque perto de sua casa, ela consegue chegar de bicicleta a qualquer lugar no mundo e encontrar coisas perdidas. Vic mantém segredo sobre essa sua estranha capacidade, pois sabe que ninguém acreditaria. Ela própria não entende muito bem. 
Charles Talent Manx também tem um dom especial. Seu Rolls-Royce lhe permite levar crianças para passear por vias ocultas que conduzem a um tenebroso parque de diversões: a Terra do Natal. A viagem pela autoestrada da perversa imaginação de Charlie transforma seus preciosos passageiros, deixando-os tão aterrorizantes quanto seu aparente benfeitor. 
E chega então o dia em que Vic sai atrás de encrenca... e acaba encontrando Charlie. 
Mas isso faz muito tempo e Vic, a única criança que já conseguiu escapar, agora é uma adulta que tenta desesperadamente esquecer o que passou. Porém, Charlie Manx só vai descansar quando tiver conseguido se vingar. E ele está atrás de algo muito especial para Vic. 
Perturbador, fascinante e repleto de reviravoltas carregadas de emoção, a obra-prima fantasmagórica e cruelmente brincalhona de Hill é uma viagem alucinante ao mundo do terror.


terça-feira, 14 de maio de 2013

Os Doze (Justin Cronin)

, , , , , 0










Livro: Os Doze
Autor: Justin Cronin
Nº de páginas: 592
Editora: Arqueiro
Série/Saga:  Trilogia A Passagem - 2
Nota: 4,5/5







E aconteceu que o mundo tinha ficado maligno, os homens tomaram a guerra no coração e cometeram grandes vilanias com todas as coisas vivas, de modo que o mundo era um sonho de morte.
Aguardei com grande expectativa pela oportunidade de ler Os Doze. Em A Passagem, primeiro livro da trilogia, somos apresentados a um cenário que segue um caminho desolador. A ambição humana, a busca desenfreada por poder, legou a humanidade um horizonte escuro e permeado de tragédias. O projeto Noé, que tinha por objetivo criar um super soldado malogrou e acabou nutrindo as cobaias de um poder destrutivo que dizimou grande parte da população americana. Os Doze, a criação destruidora. Até que a jovem Amy Harper Bellafonte desponta como um resquício de esperança e talvez salvação. 

Em Os Doze, Justin Cronin, retoma a paisagem supracitada. Novos personagens se somam e mostram suas histórias e desafios diante de um mundo que cada vez mais mergulha na desolação e destruição. Em um momento em que os humanos parecem ser incapazes de lidar com a situação vigente, uma ambivalência de sentimentos e manifestações egoístas e benevolentes se faz presente.

Diante da catástrofe alguns indivíduos ainda estão suficientemente concentrados em pensar única e exclusivamente em sua salvação. E para tanto estão dispostos a fazer aliança com quaisquer que sejam as forças que satisfaçam seus objetivos.
“Todos vamos morrer, neném. É justo. Porém alguns mais do que outros.
Nessa mesma narrativa, que leva o leitor ao passado e ao presente reencontramos personagens conhecidos do primeiro livro, como: Amy, Peter, Sara, Alicia, Hollis, Michael e Gray. Entre os novos conhecemos a destemperada Lila, uma mulher que se trancou em um mundo particular se furtando de enfrentar a realidade.

Os desafios dos personagens vão ficando a cada momento mais difíceis, desde a destruição da primeira colônia os humanos ainda tentam, na medida do possível, se resguardar em fortificações, mas forças perigosas estão dispostas a frustrar esses esforços. E Zero, os Doze e seus muitos caminham sobre a terra perpetuando a desolação. 

Amy continua a garotinha misteriosa e sensitiva que conhecemos no primeiro livro. A habitante mais antiga da colônia, conhecedora de eventos dos quais muitos não sobreviveram para contar. Alicia Donadio ressurge imbuída de uma força e desejo de vingança vigorosos. Peter agora membro do exército tem sido limitado por ordens que lhe são impostas, mas permanece aferrado a seus princípios.  Os personagens são muitos, a alegoria que Cronin nos apresenta é diversa e interessante.

Justin Cronin é um narrador descritivo e cuidadoso, durante toda a extensão do livro ele traça sua narrativa com a minuciosidade dos detalhes, o leitor tem um panorama ricamente descrito pelo autor. Essa característica pode ser em alguns casos ambígua, pois na mesma medida em que permite uma visualização mais clara, se aproxima perigosamente da barreira da digressão.

Dando continuidade ao que foi executado em A Passagem, o autor nutre esse livro de uma complexidade psicológica atraente. Os personagens e os próprios acontecimentos em si são tecidos de forma tal que cada um tem suas particularidades e relevância. O teor psicológico nesse livro parece ainda mais acentuado, uma vez que a ficção científica cede mais espaço ao sobrenatural e seu caráter premonitório. A oposição entre o bem e o mal, a revelação de uma humanidade que ao mesmo tempo em que recorre aos ritos mais execráveis de realização, é suficientemente capaz de ser altruísta e lutar pela sobrevivência.
“Além disso, o silêncio era diferente: não era uma simples ausência de som, e sim algo mais profundo, mais agourento. Muitos corpos que ele via estavam sem cabeça, como o homem suspenso no Red Roof. Grey achou que Zero e os outros talvez gostassem de arrancar cabeças.
As criaturas, os muitos, ou simplesmente vampiros, que Justin criou se destacam pela particularidade de sua violência, não há aqui a sutileza da mordida de dois pontos no pescoço, frequentemente, a vítima é destroçada. A violência perpetrada pelos seres humanos não chega a ser menos desagradável. Portanto, ficam de sobreaviso os leitores que porventura tenham problemas com esse tipo de cena.

A longa leitura de Os Doze se mostra ao final uma experiência prazerosa. Em especial pelo ritmo que o livro vai ganhando com o decorrer da trama, e o final cheio de expectativas. Resta agora aguardar ao lançamento do desfecho da trilogia, que tem previsão de lançamento, no exterior, para 2014. 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A Ascensão do Governador – The Walking Dead (Richard Kirkman e Jay Bonansinga)

, , , , 0







Livro: A Ascensão do Governador 
Autor: Robert Kirkman  e Jay Bonansinga
Nº de páginas: 361
Editora: Galera Record
Série/Saga:  The Walking Dead #1
Nota: 4,5/5










"Ele nunca amou ninguém [...] Mas na primeira vez que ele viu a menininha, um pacotinho recém-nascido, há sete anos e meio, aí sim ele aprendeu o que é o amor.

   Significa ter medo e se sentir vulnerável pelo resto da vida." p. 224
  

The Walking Dead é uma das séries mais aclamadas da atualidade. O surgimento de uma versão literária, além da Hq, deixou alguns fãs ansiosos pela perspectiva de descobrir as origens e os motivos que vieram a dar forma ao vilão da série, que rivaliza em maldade com os zumbis, o famoso Governador.

É exatamente essa a proposta do livro, demonstrar como o Governador, chegou a seu nível de crueldade. Acreditem a viagem pelos esclarecimentos dessa questão é extremamente válida, impressionante e em todos os sentidos, perturbadora.

Intenso e macabro. Foram esses os adjetivos que me vieram à cabeça assim que terminei a leitura de A Ascensão do Governador, Robert e Jay foram muito felizes em expor a ascensão desse personagem impressionante.

Tudo começa com um pequeno grupo de refugiados, Philip Blake, o líder, Brian Blake, seu irmão mais velho, Nick e Bobby, amigos de Philip, e Penny, a pequena e amada filha de Philip. Estas pessoas são parte de uma restrita parcela da população que conseguiu sobreviver ao apocalipse zumbi. Agora eles estão em busca de um campo de refugiados anunciado pelos meios de comunicação, quando estes ainda funcionavam. 

Em busca desse local o grupo terá de enfrentar grandes desafios, primeiro os zumbis, criaturas motivadas por um único motivo, comer carne humana, detentores de uma perseverança pouco observada. Entretanto, não são apenas os zumbis que criam obstáculos durante o percurso, nesse “novo mundo” além de buscar superar os zumbis tem os conflitos entre os grupos humanos dissidentes.

Mas apesar do desafio o grupo conta com pessoas determinadas, Philip é um líder nato, forte, determinado, destemido e possuidor de um princípio de sobrevivência que faz com que as questões morais não se sobreponham aos obstáculos, sejam eles humanos ou zumbis. Já seu irmão, Brian, é um homem temeroso, e acaba sendo a babá de Penny. 
“ - Nós vamos sobreviver a esse pesadelo, e vamos fazer isso nos transformando em monstros piores que eles, está me entendendo? Agora não existem mais regras! Não existe filosofia, não existe misericórdia, não existe perdão, agora somos nós e eles e tudo o que eles querem fazer é devorar a gente! E por isso nós é que vamos devorar a porra dos zumbis! A gente vai mastigar eles e depois cuspir no chão e nós vamos sobreviver a essa situação, ou então eu vou destruir a droga do mundo! Você entendeu o que eu falei? ENTENDEU O QUE EU FALEI?" p. 119

A Ascensão do Governador é um livro intenso, consegue em suas pouco mais de 300 páginas, discorrer sobre uma trama complexa, cheia de conflitos e desafios que poderiam fazer seres humanos menos preparados desmoronarem. E é macabro, o mundo pós-apocalipse zumbi é ao mesmo tempo surpreendente e nefasto, portanto, destruição e sangue são ingredientes constantes durante todo o decorrer do livro, momentos de calmaria são interrompidos por cenas de uma selvageria digna de nota.

A narrativa bem ambientada, somada a qualidade dos autores em caracterizar os personagens de forma bem sucedida e descrever cenas que permitem que o leitor se sinta parte dos acontecimentos fazem de A Ascensão do Governador uma ótima leitura. O final, que é abruptamente inesperado, só torna a leitura mais interessante. 

Esse primeiro volume possibilita ao leitor conhecer as origens de formação do Governador, o livro oferece uma ampla visão sobre os elementos que levaram a constituição de um monstro, que tanto já traz em si o elemento da maldade, quanto, em certa medida, tem esse elemento agravado e impulsionado pelas condições adversas de um mundo pós-apocalíptico.

Por tudo que foi colocado vale acrescentar que esse não é um livro para todos os leitores devido as cenas violentas e sanguinárias. Por outro lado, caso esses elementos não sejam problema, a leitura certamente valerá a pena.

A Ascensão do Governador é um livro digno de carregar o peso da série televisiva que o precede, é um livro mais que indicado para os fãs, um complemento importante, e uma leitura que vale cada página. 



quinta-feira, 12 de abril de 2012

A Passagem (Justin Cronin)

, , , 0







Livro: A Passagem
Autor: Justin Cronin
Nº de páginas: 816
Editora: Sextante
Série/Saga:  -
Nota: 5/5
Skoob









O curioso sobre esse livro é que quando do seu lançamento eu pensava que se tratava de uma espécie de continuação do livro “A Cabana”, e culpo a capa o título por tal precipitação, mas depois de um tempo após ler uma resenha, descobri que eu estava redondamente equivocado, a obra trata de vampiros.

Mas aqui os vampiros são diferentes dos mais “badalados”, esses são primitivos, selvagens, mortíferos e exímios caçadores, a sede de sangue é imperativa.

Tudo começa com uma experiência levada a cabo pelas forças militares americanas, na qual 12 prisioneiros - condenados a morte - foram utilizados para testar um vírus que prometia resultados surpreendentes, e a possibilidades da criação de super soldados, possuidores de grande força, alta capacidade de regeneração dentre outros benefícios.

O intento da pesquisa foi completado quase em sua totalidade, eles conseguiram dotar as cobaias de super força, capacidade de regeneração, mas também a hipersensibilidade. 

Mas mesmo com todos esses atributos, os experimentos eram um tanto arredios, tendo que ser mantidos em cativeiros permanentemente, e sua alimentação regada a sangue.

Em meio a esses acontecimentos conheceremos o agente do FBI, Brad Wolgast, que foi incumbido de aliciar as cobaias para a experiência, e com os resultados nem tão apreciáveis obtidos com os prisioneiros, ele recebe a tarefa de trazer uma garota para receber o vírus, Amy, uma órfã de 6 anos.

No entanto Wolgast acaba se envolvendo com a garota, e tenta a qualquer custo impedir que Amy fosse utilizada para receber o vírus, e assim uma corrida se põem em ação para proteger a garota.

Mas as coisas saem do controle quando ocorre uma quebra de segurança na base secreta onde os experimentos estavam sendo encarcerados, e acabam escapando. A partir daí a humanidade não será mais a mesma.

- O que você quer dizer com mortos?  
- Mortos, falecidos, provavelmente aos pedaços. Pelo menos os que tiverem sorte. (...) – Você deveria ter visto, o modo como eles mergulharam das árvores. Como morcegos. Realmente deveríamos ter previsto que isso acabaria acontecendo.
                                                                                             
O verdadeiro apocalipse se instaura, e a humanidade terá pela frente um período de luta pela sobrevivência, e será necessária a organização de uma nova sociedade para sobreviver em um mundo infestado por terríveis criaturas.

Caos no Colorado

Estados das Montanhas Rochosas assolado por vírus assassino
Fronteiras fechadas
Surtos em Nebraska, Utah, Wyoming
Presidente coloca militares em alerta máximo e pede à nação que
Permaneça calma diante da “ameaça terrorista sem precedentes”
Essa é apenas uma pequena parte do que o livro reserva ao leitor, não me permito ir além para evitar spoiler, mas acredite, o autor reserva história das mais interessantes.

“A Passagem” é ficção-cientifica de primeira, Justin criou uma trama das mais complexas, com personagens igualmente complexos, e criaturas que são definitivamente incríveis.

A obra tem uma narrativa bem desenvolvida, em alguns casos, esse desenvolvimento torna a leitura lenta, mas no geral as 815 páginas fazem do livro uma leitura imperdível.

Os personagens são um show a parte, e estão em um número considerável, o que acaba por suscitar uma atenção especial do leitor para não se perder entre os personagens.

Wolgast é um homem que passa por um momento difícil, recentemente divorciado após a morte de sua filha, e emocionalmente abalado, ele vê em Amy uma chance de redenção.

Amy é um caso a parte, a menina de 6 anos tem uma infância das mais penosas, vivendo com uma mãe que tinha de se prostituir para sustenta-las, sem a presença de um pai e passando por situações embaraçosas ela é uma criança que cativa o leitor, obediente, inteligente, minha personagem predileta.

Esses são apenas dois atores da enormidade que compõem o livro, e há personagens para agradar a diferentes gostos.

Os vampiros são um detalhe a parte, detentores de toda selvageria que se pode imputar a esses seres, eles dão um toque todo especial a trama, espere sangue, cenas cheias de ação, e criaturas que são guiadas exclusivamente pela sede de sangue.

Justin criou uma trama singular, mesmo que em alguns momentos a leitura possa ser um pouco cansativa, o desenvolvimento da trama, os detalhes, a complexidade da história e dos personagens, fazem de “A Passagem” leitura mais que recomendada.

Se você é um leitor que gosta de ação, uma história bem desenvolvida e vampiros na sua  forma mais primitiva, esse é o seu livro. 

quinta-feira, 22 de março de 2012

72 Duas Horas Para Morrer (Ricardo Ragazzo)

, , , 0








Livro: 72 Horas para Morrer
Autor: Rodrigo Ragazzo
Nº de páginas: 234
Editora: Novo Século
Série/Saga:  -
Nota: 4/5
Skoob









As resenhas que li sobre esse livro me levaram a crer que eu encontraria uma obra eletrizante, cheia de suspense e surpreendente. E tenho que dizer que todos esses pontos estão presentes em 72 Horas Para Morrer.

Já no início do livro somos levados a uma situação tensa, Agatha, namorada do delegado Júlio Fontana, foi sequestrada, seu carro foi encontrado abandonado e apenas um recado foi deixado para o delegado.

Muitas pessoas teriam motivos para tentar atingir Júlio, ele tem uma lista grande de inimigos. Ele não tem a menor ideia de onde sua namorada possa esta, e só uma certeza, a vida dela corre sério perigo, bem como das demais pessoas próximas a ele.

A narrativa gira em torno desses acontecimentos, um Serial killer tentando de qualquer maneira atingir o delegado, e não medindo esforços para tal.

Dizer que Júlio tem um temperamento explosivo seria efemeridade, ele faz coisas que não condizem com sua posição, ele é inconsequente, impetuoso e arrogante.

Ainda vemos o desenrolar de uma relação difícil entre o delegado e a filha, que passou a ter problemas com ele após a morte da mãe. E também a desconfiança que paira sobre um antigo desafeto de Júlio.

As mortes são um detalhe a parte, o requinte, a crueldade são impressionantes.

A obra começa em um ritmo excelente, mas em um certo momento começa o desenrolar de uma história paralela, que mesmo sendo interessante, a trama acaba perdendo um pouco foco.


Ragazzo criou uma trama entremeada por suspense e mistério, ele vai deixando pistas que nos permite conjecturar um possível final. 

O final é sem sombra de dúvida imprevisível, mas tem o acréscimo de um elemento que não me agradou muito, mas que leva a um final, indubitavelmente, surpreendente.

Mas esse com certeza é um livro que recomendo, em especial para os leitores de romance policial, só esperem um final no mínimo diferente. 

Confira o book trailer: