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quarta-feira, 24 de julho de 2013

Os melhores do primeiro semestre de 2013

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Parece fazer parte de uma tradição implícita: todo fim de ano, os blogs literários elegem suas melhores leituras. Mas é bem verdade, que conforme os anos vão passando, as leituras vão se tornando cada vez mais intensas, e a tarefa derradeira do clássico top 10 torna-se, quase, inexequível.

Esse ano tem sido um tanto quanto diferente dos outros, como leitor adentrei por terrenos desconhecidos, e, admito, tenho feito descobertas valorosas. Tendo isso em vista, acredito que ao fim do ano à tarefa de selecionar os melhores do ano será a mais difícil de até então. Com o intuito de busca amenizar essa situação, resolvi, na metade do ano, falar um pouco das melhores surpresas do primeiro semestre.

Kafka. Este autor foi deliberada e concretamente a experiência mais perturbadora que já tive enquanto leitor. Minha primeira incursão no mundo kafkiano ocorreu com A Metamorfose. E, desde então, não consigo me livrar do impacto da obra labirintica de Kafka. Posteriormente, a impressão kafkiana foi acrescida da compilação de contos do autor em que consiste o livro Essencial Franz Kafka.

Outro autor que muito apreciei foi Charles Bukowski, com Misto-Quente. Está não foi minha primeira experiência com o “velho safado”, já havia me habituado a sua narrativa sem rodeios na leitura de alguns contos de sua autoria. Contudo, confesso que a construção de Henry Chinaski, alter ego de Bukowski, me proporcionou uma experiência mais consistente.

Ainda na seara dos clássicos, Pais e Filhos, de Ivan Turgueniev; e Cândido, ou o Otimismo, de Voltaire, foram, também, leituras que se provaram a altura do esperando. Para finalizar, retomei a leitura de clássicos nacionais e arrisquei com Capitães da Areia, de Jorge Amado. Quanto a isto, só posso dizer que os exemplares nacionais ganharam espaço de maior relevância na infindável lista de leituras.

Entre os representantes contemporâneos destaque para Avisita cruel do tempo, de Jennifer Egan. Este livro inova tanto na descontinuidade da narrativa, quanto nas inovações que nela se executam. Soma-se a isso uma história que segue um caminho tortuoso desembocando em um final tanto inesperado, quanto curioso.

O dominador, de Tess Gerritssen; e Feche bem os olhos, de John Verdon, são os representantes policiais. A primeira, uma autora que agrega o melhor do gênero; e Verdon, o que dizer de um autor que constrói personagens e histórias complexos e mistérios surpreendentes.

Para finalizar, um símbolo da não ficção, Lincoln, de Doris Kearns Goodwin. Ainda que tenha sido mutilado na versão nacional, o que podemos entrever da obra de Goodwin é um retrato de um período turbulento, que teve como figura central um presidente vivaz e consciente de seu papel. A narrativa da autora, cheia de sensibilidade, e empregando de forma exitosa citações diretas, são pontos que contribuem sobremaneira para a qualidade do livro.

Claramente que como lista que é, ignora e é injusta com alguns livros. Mas os livros aqui elencados são apenas a parcela de uma trajetória que a cada dia segue caminhos mais inusitados e curiosos. E que boas surpresas surjam neste segundo semestre. 

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