Parece fazer parte de uma tradição implícita: todo fim de
ano, os blogs literários elegem suas melhores leituras. Mas é bem verdade,
que conforme os anos vão passando, as leituras vão se tornando cada vez mais
intensas, e a tarefa derradeira do clássico top 10 torna-se, quase,
inexequível.
Esse ano tem sido um tanto quanto diferente dos outros, como
leitor adentrei por terrenos desconhecidos, e, admito, tenho feito descobertas
valorosas. Tendo isso em vista, acredito que ao fim do ano à tarefa de selecionar os melhores do ano será a mais difícil de até então. Com o intuito de busca
amenizar essa situação, resolvi, na metade do ano, falar um pouco das melhores
surpresas do primeiro semestre.
Kafka. Este autor foi deliberada e concretamente a experiência
mais perturbadora que já tive enquanto leitor. Minha primeira incursão no mundo
kafkiano ocorreu com A Metamorfose.
E, desde então, não consigo me livrar do impacto da obra labirintica de Kafka. Posteriormente,
a impressão kafkiana foi acrescida da compilação de contos do autor em que
consiste o livro Essencial Franz Kafka.
Outro autor que muito apreciei foi Charles Bukowski, com Misto-Quente. Está não foi minha
primeira experiência com o “velho safado”, já havia me habituado a sua narrativa
sem rodeios na leitura de alguns contos de sua autoria. Contudo, confesso que a construção de Henry Chinaski, alter ego de Bukowski, me proporcionou uma
experiência mais consistente.
Ainda na seara dos clássicos, Pais e Filhos, de Ivan Turgueniev; e Cândido, ou o Otimismo, de Voltaire, foram, também, leituras que se
provaram a altura do esperando. Para finalizar, retomei a leitura de clássicos
nacionais e arrisquei com Capitães da
Areia, de Jorge Amado. Quanto a isto, só posso dizer que os exemplares
nacionais ganharam espaço de maior relevância na infindável lista de leituras.
Entre os representantes contemporâneos destaque para Avisita cruel do tempo, de Jennifer Egan. Este livro inova tanto na
descontinuidade da narrativa, quanto nas inovações que nela se executam.
Soma-se a isso uma história que segue um caminho tortuoso desembocando em um
final tanto inesperado, quanto curioso.
O dominador, de Tess Gerritssen; e Feche bem os olhos, de John Verdon, são
os representantes policiais. A primeira, uma autora que agrega o melhor do
gênero; e Verdon, o que dizer de um autor que constrói personagens e histórias
complexos e mistérios surpreendentes.
Para finalizar, um símbolo da não ficção, Lincoln, de Doris Kearns Goodwin. Ainda
que tenha sido mutilado na versão nacional, o que podemos entrever da obra de
Goodwin é um retrato de um período turbulento, que teve como figura central um
presidente vivaz e consciente de seu papel. A narrativa da autora, cheia de
sensibilidade, e empregando de forma exitosa citações diretas, são pontos que contribuem sobremaneira para a qualidade do livro.
Claramente que como lista que é, ignora e é injusta com
alguns livros. Mas os livros aqui elencados são apenas a parcela de uma trajetória que a
cada dia segue caminhos mais inusitados e curiosos. E que boas surpresas surjam neste segundo semestre.
Evellyn · 725 semanas atrás
E tb tem um filme que quero ver ^^
bjs
Juan Warley 71p · 724 semanas atrás
Kate · 725 semanas atrás
http://conversandocomdragoes.blogspot.com/
Lara · 724 semanas atrás
Juan Warley 71p · 724 semanas atrás
vanessa · 724 semanas atrás
Poxa que bacana suas novas aquisições, gostei. Sou louca pra ler esses livros da série Amanhã, parecem ser bons. Boa leitura e vou aguardar as resenhas (:
Beijos, Vanessa.
This Adorable Thing
Regiane 55p · 724 semanas atrás
Beijinhos
Rê
Ler e Almejar