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terça-feira, 28 de maio de 2013

Playback – Para Sempre ou Nunca Mais (Raymond Chandler)

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Livro: Playback – Para sempre ou nunca mais
Autor: Raymond Chandler
Nº de páginas: 174
Editora: L&PM 
Série/Saga: Philip Marlowe
Nota: 4/5









"Tenho amigos que poderiam cortá-lo em pedaços tão
pequenos que você precisaria de uma escada para
calçar os sapatos. – Já teve gente que deu o melhor
de si para fazer isso – eu disse. – Infelizmente o esforço
não substitui o talento."


Acredito que não restam dúvidas de que este blogueiro que vos fala é um fã incondicional do gênero policial. Mas falar desse gênero nem sempre é uma tarefa fácil. Isso ocorre devido a uma série de subgêneros que nele se encerram, abarcando uma enorme variedade de estilos. Dentre os vários existentes, uma vertente que goza de grande prestígio e publicidade é a noir. E entre os grandes representantes desse gênero, está um daqueles que contribuiu na gestação do policial noir, Raymond Chandler.

Em Playback, o famoso Philip Marlowe é contratado por um escritório de advocacia com o objetivo de seguir e informar a localização de uma ruiva misteriosa. Ao que tudo indica, o nome da senhorita em questão é Betty Mayfread, o que pode-se se mostrar uma informação questionável.

Durante a execução de sua missão, novos personagens começam a interagir com os acontecimentos, e Marlowe, com toda a sua experiência, desconfia de que foi colocado em um trabalho com objetivos nebulosos, e passa a buscar respostas que fogem ao escopo do que lhe foi designado. Quebra de protocolo parece ser uma característica inerente ao calejado detetive.


Philip Marlowe -  firstlightforum



Marlowe cada vez mais se vê entregue em uma história que aguça e desperta seu espírito investigativo, e está disposto a chegar às últimas informações e desvendar o caso. Isso se torna cada vez mais difícil, quando ele se vê enredado em uma cidadezinha chamada Esmeralda, onde uma leva de pessoas bastante interessadas converge.

Philip Marlowe é uma figura sem sombra de dúvidas interessante. Para mim foi uma ótima experiência. Mesmo porque, minha noção de clássico policial ia até aquilo que a Rainha do mistério, Agatha Cristhie, oferece. Mas Candler, - e a própria tradição noir  - promove e executa uma inflexão com a tradição “crime mistério” abordada por Agatha e outros. Marlowe é um tipo de detetive bem diferente de Hercule Poirot, por exemplo. Enquanto este é um tipo bastante polido, possuidor de um raciocínio lógico e dedutivo competente.  Philip Marlowe é de outro gênero, com ele não funcionam os mesmos artifícios, o que se executa é uma falta de sutileza e subversão de protocolos. Em suma, um “detetive ostensivo”.

A comparação não é motivada para provar a supremacia de um subgênero sobre o outro, pelo contrário, são vertentes diferentes, e não se coloca aqui qualquer comparação estrita. Válido é constatar um romance policial construído no momento pós-crise de 1929, que apresenta um tipo de detetive mais próximo da realidade, das condições menos sofisticadas. Um modelo que resolve seus problemas de forma mais direta, para não dizer combativa. E se aproveita, a todo momento, das possibilidades de se relacionar com uma bela mulher. 

Por tudo que foi dito, acredito que a leitura do policial noir é uma experiência pela qual qualquer fã do gênero deveria passar, ou mesmo aqueles desejosos de leituras interessantes. 
"Não há sucesso onde não há possibilidade de falha, 
nenhuma arte sem a resistência do meio."

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